quarta-feira, 21 de setembro de 2011

REENCONTRO

As palavras não saem, não se articulam
Os olhos não piscam, não se desviam
A face se ilumina sem nenhum disfarce
Não se desfaz o sorriso por mais que se esforce

Respiração pesada, corpo inerte
Mão suada, salivação excessiva
Pernas trêmulas pedem suporte
Pele arrepiada pela expectativa

E então o primeiro passo, a aproximação
Olho no olho, hálito quente
Um não saber o que fazer com a mão
Um desejo inconsequente.

As bocas se encontram avidamente
Na ânsia do beijo há muito esperado
Os corpos reclamam ardentemente
O calor, o fogo jamais apagado.

É tanta loucura que as roupas se perdem
E juntos se entregam com toda a paixão
Pois só é possível obedecer a ordem
Que vem do descontrolado coração.

Muitos beijos e carícias
Unhas e dentes
Infinitas delícias
Entre seres tão carentes.

E explode o desejo físico
E um amor fora do comum
Enfim, o momento místico
Já não são dois, mas apenas um.

Um comentário:

  1. Amei esse poema. A forma pura com que você descreve essa relação feita de desejos tão carinhosos, me fez entrar, mansamente, nessa raia
    de sentimentos finitamente belos.
    Continue amando amar o amor.
    Beijos e que haja luz na sua vida!

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