terça-feira, 27 de setembro de 2011

AMANHECEU

Era frio
Sim, frio era o que sentia!
Dias de prisão, clausura, martírio
Que por abnegação, já nem percebia.

Há tempos, o som de um lento pulsar
E dias cheios de monotonia
Um músculo feito para trabalhar
Em completo estado de melancolia.

E então aconteceu o que outrora, fora mero idealismo
Ao ser obnóxio, habituado ao servilismo
Para suplantar a escuridão, a luz resplandeceu
E através de outro coração, o dia finalmente amanheceu.

Pulso acelerado, coração descompassado
Num turbilhão de sensações
A luz que cega, o calor que queima, que deixa atordoado
Reacende os sentimentos, reaviva as emoções.

E agora exigente
Aquele ser reclama o amor que agora é seu.
Ergue os ombros pra gritar imponente
Que finalmente, o dia amanheceu.

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